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O sistema de detecção e alarme de incêndio, quando instalado de acordo com as normas, é a maneira mais eficaz de alertar os ocupantes do edifício que existe um problema e o local deve ser evacuado.

Além disso, permite uma rápida ação por parte da brigada, a fim de, controlar o incêndio. Evitando dessa maneira, maiores danos materiais ou até mesmo a perda de vidas humanas.

 

Para que essa ação seja rápida, a norma exige que a central de incêndio deve ficar em local com constante vigilância, como as portarias de edifícios e salas de segurança por exemplo. Além disso, as sirenes devem ser claramente audíveis por toda a edificação.

 

Para garantir o funcionamento constante da central, a mesma deve ter duas fontes de alimentação de energia. A primeira é a própria fonte de energia da edificação. A segunda, auxiliar, é composta por baterias, nobreaks ou geradores. Em caso de queda de energia a fonte auxiliar deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão e de 15 minutos em regime de acionamento (alarmes disparados).

 

Quais imóveis precisam de Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

 

O Anexo A do Decreto nº 63.911 do Corpo de Bombeiros explica detalhadamente quais edificações e áreas de risco necessitam do sistema e quais não. Vamos fazer um breve resumo deste anexo, mas se você tiver curiosidade pode acessar a tabela no link destacado acima.

 

Fica mais fácil falarmos das edificações e áreas de risco que não necessitam do sistema de detecção e alarme, pois são a minoria.

 

O Corpo de Bombeiros classifica os imóveis em grupos. Todos as edificações, independentemente do grupo, que possuam até 750 m² de área e até 12 metros de altura estão isentas do sistema de detecção e alarme. Além disso, os grupos F-7 (ocupações temporárias) e M-1 (túnel), também estão isentos da instalação.

Os Grupos A-1 (condomínios horizontais); G-1 e G-2 (garagens) até 30 metros de altura; G-3 (postos de combustível); G-4 (oficinas); M-5 (silos); necessitam instalar apenas o sistema de alarme de incêndio, ficando livres do sistema de detecção.

 

Todos os outros locais, com uma exceção ou outra – que devem ser consultadas no Decreto – tem obrigação de possuir um sistema completo de detecção e alarme de incêndio.

 

Qual a diferença entre o Sistema Convencional e o Sistema Endereçável?

 

O que vai influenciar na escolha do tipo de sistema que deve ser instalado são as características da edificação, e critérios como prazos de execução e capacidade de investimentos.

 

A principal diferença entre os dois sistemas, é que o endereçável permite que seja identificado cada um dos periféricos conectados a central. Dessa maneira é possível saber onde está ocorrendo o sinistro ou avaria, pois a central indica o nome do ambiente conforme configuração do dispositivo.

 

Mas vamos entender um pouco mais sobre cada um dos sistemas:

 

Sistema Convencional

 

É um sistema mais básico e comumente utilizado em áreas pequenas ou que não possuam muitas compartimentações. Quando o sistema é atuado, é possível identificar na central apenas a área protegida (laço) e não qual dispositivo foi acionado.

 

Imagine o caso de um edifício com muitas compartimentações (paredes e lajes) e que usa apenas um laço para cobrir diversas salas. Se ocorre um disparo fica muito difícil para a brigada de incêndio saber onde atuar. São minutos que podem fazer a diferença entre o controle do princípio de incêndio com baixa avaria, ou a grandes prejuízos financeiros e até a perda de vidas humanas.

 

Sistema Endereçável

 

É um sistema mais avançado e é largamente utilizado em locais muito grandes e/ou que possuam muitas compartimentações.

 

Diferentemente do Convencional, o Endereçável quando atuado, permite identificar exatamente qual dispositivo foi acionado. Isso permite uma ação muita rápida da brigada, pois sabe exatamente onde deve agir.

 

Características da infraestrutura do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

 

Toda a infraestrutura (eletrodutos, caixas de passagem, fios, cabos, etc.) de um sistema de detecção e alarme de incêndio deve ser exclusiva a este sistema. Nenhum outro tipo de equipamento pode compartilhar dessa infraestrutura, mesmo que seja uma simples luminária.

 

É obrigatório que o material utilizado seja antichamas, como, por exemplo, os eletrodutos metálicos. Quanto ao cabeamento, é preferível a utilização de cabos blindados, a fim de evitar interferências com campos magnéticos de outras instalações.

 

Toda a infraestrutura deve ser identificada com a cor vermelha. Isso pode ser feito pintado os eletrodutos de vermelho, ou identificando com anéis vermelhos a cada 3 metros de distância no mínimo.

 

Em relação aos fios e cabos, veja as características que devem ser atendidas:

 

  • Devem ser de cobre ou flexíveis, e ter resistência à temperatura de no mínimo 70 °C;
  • Fios e cabos singelos devem ter bitola mínima de 0,75 mm2 e tensão de isolação mínima de 600 Vca;
  • Cabos multipares devem ter bitola mínima de 0,50 mm2 e tensão de isolação mínima de 300 Vca;
  • Emendas de fios ou cabos são terminantemente proibidas.
 

As vantagens e desvantagens de um sistema sem fio (Wireless)

 

Existem duas grandes vantagens de se utilizar um sistema wireless:

 

  • Custo muito baixo com a instalação – Apesar dos equipamentos serem mais caros a instalação é infinitamente mais simples. Diferentemente de um sistema tradicional, o sistema wireless não necessita da instalação de toda a infraestrutura (tubulação, fiação, etc);
  • Facilidade de remanejamento – Sempre que há a necessidade de remanejar algum detector por exemplo, é muito mais fácil. Basta retirar e colocar em outro local. Se fosse um sistema com fiação, parte da infraestrutura teria que ser modificada. O custo e o tempo de execução seriam muito maiores.
 

A principal desvantagem é não ser alimentada por uma fonte de energia estável. Estes equipamentos se utilizam de baterias recarregáveis ou pilhas. Então de tempos em tempos, as baterias devem ser recarregadas ou as pilhas substituídas.

 

É importante ressaltar que os fabricante dos equipamentos deve ser homologados pelo Corpo de Bombeiros para serem legalmente aceitos.

 

 

A importância da Manutenção Preventiva

 

Não irei me alongar neste tópico, pois você pode acessar este nosso post sobre o assunto e saber tudo o que precisa.

 

Mas é importante saber que de nada adianta investir em um sistema de alarme, se você não fizer as manutenções. A periodicidade mínima dessas manutenções deve ser de 3 meses e são de extrema importância para a vida útil dos equipamentos e seu correto funcionamento.

 

Acho que deu para perceber a complexidade que envolve a instalação de um sistema de detecção e combate a incêndio. Por isso, não deixe de contar com uma empresa profissional e de alta qualidade. Só assim, você terá a certeza de ter o melhor sistema possível, que seja adequado as necessidades do imóvel e que não reflita em gastos desnecessários.

 

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